domingo, 22 de junho de 2008

The Shining


Qualquer filme de Stanley Kubrick é um regalo de se ver, pois a forma como ele movia a câmara em busca do melhor panorama, o modo como ele jogava com os movimentos, quase teatrais, das suas personagens, sempre em perfeita sintonia com as magnificas bandas sonoras, escolhidas a dedo para cada cena, foram sempre uma marca em cada um dos seus filmes, Shining que foi realizado em 1980 é considerado o filme de terror de Stanley Kubrick.
A história de Shining não é perfeita, mas Stanley Kubrick, Jack Nicholson e Danny Lloyd são e fazem com que os 115 minutos sejam capazes de voarem entre um abrir e fechar de olhos. Porém, tal capacidade não advém do medo que o filme nos tenta pregar, nem dos sustos que nem esboça tentar. Os seus méritos ultrapassam isto, acentuando-se num contínuo suspense capaz de deixar qualquer um pregado ao ecrã.
Este clima de suspense imposto, deve-se sobretudo ao pequeno Danny Torrance (Danny Lloyd), uma criança desorientada e sozinha que tem um terrível dom (shining) de ver coisas do passado e do futuro. Assim, Danny é o primeiro envolvido por um ambiente surrealista em que fantasmas do passado tentam a repetição de uma história dramática onde um pai desesperado pela solidão e fracasso tenta matar a sua familia. Nesse papel, Jack Nicholson é excelente, ele interpreta Jack Torrance (pai de Danny) como se dele próprio se tratasse, expressando com um realismo que se tornou clássico, a personagem de um psicopata maluco, capaz das maiores atrocidades.
Shining é uma obra digna do mestre Kubrick, que mesmo exagerando em algum teor sobrenatural, conseguiu pela beleza dos movimentos da câmara pela, consistência das suas interpretaçõese e pelo terror quase sem mortes e sangue que conseguiu implementar, ficar na história do cinema, marcando como referência muitos dos títulos do género que depois lhe sucederam.

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