domingo, 17 de janeiro de 2010

The Sting


The Sting mostra a história de Johnny Hooker (Robert Redford), um vigarista que perde o seu "sócio" e mentor, logo no inicio da história, assassinado a mando de Doyle Lonnegan (Robert Shaw) - um poderoso que vive do dinheiro de apostas.
Ele foge e vai ter com Henry Gondorff (Paul Newman), um amigo comum do seu "sócio", para se vingar da morte deste. É aí que tudo é organizado.Todos os vigaristas (os melhores) se unem para o maior golpe de sempre contra Lonnegan.
Newman e Redford são vigaristas de categoria e sem tecnologia - daqueles de bairro, como os de Woody Allen - sempre a alternar entre o fundo de uma garrafa e o ar polido dos cavalheiros. Acompanhamos esse processo inteligente e divertido, de gente pouco séria mas com escrúpulos, que só mete a mão na massa do cifrão. Há muito teatro dentro deste filme, muita encenação, e um dos melhores arranques de que há memória no cinema.
O filme, realizado por George Roy Hill, Ganhou 7 Óscares, nas seguintes categorias, Melhor Filme, Tony Bill, Michael Phillips e Julia Phillips; Melhor Realizador, George Roy Hill; Melhor Direcção Artística, Henry Bumstead e James W. Payne; Melhor Figurino, Edith Head; Melhor Montagem, William Reynolds; Melhor Banda Sonora, Marvin Hamlisch e Melhor Argumento Original, David S. Ward. Foi ainda nomeado nas seguintes categorias, Melhor Actor, Robert Redford; Melhor Fotografia, Robert Surtees e Melhor Som, Ronald Pierce e Robert R. Bertrand.
Recebeu uma nomeação ao Globo de Ouro, na categoria de Melhor Argumento Original.

sábado, 16 de janeiro de 2010

Låt den rätte komma in


Låt den rätte komma in não é mais um filme de Vampiros. Este filme não é mais um filme sobre essa raça de sugadores de sangue. E apesar do actor principal, Oskar, ter 12 anos e existirem algumas cenas passadas na sua escola secundária, de forma alguma se deve pensar que possa existir alguma semelhança com coisas tipo “Crepúsculo”, onde a história, mais parece um episódio do “Beverly Hills, 90210”. Os Vampiros não são estupidamente belos, não andam na escola, precisam de beber sangue humano e sobretudo, não toleram a luz do sol.
Eli, a vizinha vampira de Oskar, fica com um ar doente quando já não consegue aguentar a falta da dose de sangue. Na carência de sangue, ela emite um som forte das entranhas, como se fosse um animal selvagem esfomeado. Se fosse exposta à luz do sol, iria desaparecer numa enorme combustão espontânea, tal e qual como sempre vimos acontecer nos Vampiros à moda antiga. Tem uma força física sobrenatural, é capaz de escalar paredes e não exibe caninos prontos a furar um pescoço desprevenido que encontre pelo caminho.
Eli chegou acompanhada de um homem. Ele era responsável por matar outras pessoas para obter sangue para a alimentar, evitando que ela tivesse de sair de casa para satisfazer essa necessidade vital à sua existência. Ele tinha uma maleta onde carregava todos os artefactos para matar e recolher o sangue das vítimas. E quando o vemos a preparar-se para sair para mais uma matança, até julgamos que estamos na presença de um “Dexter”, um assassino frio e incrivelmente meticuloso. A única semelhança talvez fosse na frieza com que matava, porque no resto, o tipo era uma nódoa. Custa a acreditar que ele já pudesse ter realizado essa operação com sucesso no passado. Da primeira vez, ele pendura a vítima num sítio tão iluminado como um estádio de futebol, num local que até se via de uma estrada próxima, onde passavam muitos carros. Da segunda, ele decide fazer a sangria, ignorando o facto da vítima ser aguardada por uns amigos no exterior do ginásio. Mas até estes pormenores devem ser enquadrados na forma natural e realista com que todas as cenas nos são mostradas. “Dexter” há só um. Ali, existe apenas um assassino imperfeito, que matava para alimentar quem ele mais amava, alguém por quem seria capaz de dar a vida sem hesitações.
O filme è uma interessante variação sobre o mais que explorado tema do vampirismo. Aterrorizado por valentões da escola, um solitário garoto de 12 anos, Oskar, se torna amigo de uma jovem e misteriosa vizinha, cuja chegada coincide com uma série de horríveis mortes e ataques. Mesmo descobrindo que ela é uma vampira, sua amizade com a estranha se torna maior do que o medo.

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Otac na sluzbenom putu


Otac na sluzbenom putu foi a segunda longa-metragem de Emir Kusturica para o cinema, essa reconstrução dos tempestuosos anos 50 na Jugoslávia recebeu a Palma de Ouro no Festival de Cannes em 1985.
A historia do filme centra se nos anos de 50, na Jugoslávia, onde Mehmed Mesa Zolj (Miki Manojlovic) pai de família desaparece devido a um jogo de intrigas que acaba por o levarem preso, vítima de um tempo em que a Jugoslávia resistindo ao dogmatismo Estalinista.
Para o filho pequeno Malik (Moreno D'E Bartolli) é lhe dito que o seu pai está numa viagem a negócios. A criança passa sua vida acreditando na história, sempre à espera do retorno do pai, mas o tempo vai lhe ensinando os desafios da vida.
Através da visão e consciência de um menino de 6 anos e o seu mundo emotivo retratam-se os tempestuosos anos 50. O tempo em que vive este pequeno herói não é propício para ele e nem para seu pai onde o sonho do menino é uma viagem ao espaço, muito longe da sua triste realidade terrena.
Premiado com a Palma de Ouro no Festival de Cannes e indicado para o Óscar de filme estrangeiro
Foi este o filme que lançou a carreira de Emir Kusturica e o tornou num dos melhores cineastas de todo o mundo fazendo filmes onde retratam as suas origens sempre com a sua visão inconfundível.

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Sideways


Sideways é um filme realizado por Alexander Payne, que conta-nos a viagem de dois velhos amigos pela Costa da Califórnia. Mudando vertiginosamente de rumo, transforma-se numa perversa exploração das vicissitudes do amor e amizade, da odiosa solidão, dos sonhos e da contínua guerra entre as castas Pinot e Cabernet.
Miles (Paul Giamatti) é um professor de inglês, apreciador de vinhos, divorciado, que espera a qualquer momento a sua oportunidade de editar um livro. O melhor amigo de Miles, Jack (Thomas Haden Church) é um actor reduzido a fazer voz-off em anúncios, e está prestes a casar.
Para celebrar essa última semana de liberdade, Miles leva Jack numa viagem pela região vinícola da Califórnia. Mas Jack está mais interessado nos prazeres da carne que nos da bebida e nesta viagem conhece Stephanie (
Sandra Oh), com quem inicia uma atribulada relação. Miles, por sua vez, ainda emocionalmente preso à sua ex-mulher, vê a possibilidade de retornar à superfície com Maya (Virginia Madsen), especialmente seduzido pela forma como ela aprecia e entende o vinho.
Sideways é um road movie que marca o ritual da passagem à idade adulta, entendida como a altura em que aprendemos a enfrentar os nossos medos, a aceitarmos os outros e a nós mesmos, e em que descobrimos o que queremos da vida. Como um vinho que atinge a maturidade, é na meia-idade que estamos prontos a ser abertos e bebidos. Ou melhor, a abrir mo-nos e a beber a vida.
Enquanto Jack só se quer divertir, como um adolescente irresponsável que foge o mais que pode ao peso de ser adulto, Miles sente-se impotente para o fazer, controlando pequenas coisas ao seu redor para se sentir seguro. Jack chega ao final desta viagem um pouco mais crescido e Miles um pouco mais livre.
Paul Giamatti é um perito na transposição da dor, seja ela dramática ou cómica.
Por outro lado, o argumento de Alexander Payne e Jim Taylor tem o mérito de nunca nos fazer desprezar estas personagens cheias de falhas. Conseguimos mesmo alguma empatia por estes dois homens honestos, que, sem se entenderem, se aceitam. E essa aceitação é, com efeito, a base da verdadeira amizade.
Sideways flui com os desejos e necessidades das personagens, sem querer provar nada, sem querer confrontá-los com os seus erros ou redimi-los dos mesmos. Este filme tocará quem já se tenha sentido frustrado ou olhado o largo abismo entre a montanha das suas ambições e o fundo vale da sua realidade.
Sem grande acção, a mensagem perde-se algures entre as belíssimas paisagens e a conversa sobre vinhos, tão detalhada que quase os conseguimos cheirar e saborear.

domingo, 28 de setembro de 2008

Big Fish


A luta entre a verdade e a mentira, entre a realidade e a ficção, encontra neste filme a sua mais apaziguadora trégua. Só Tim Burton conseguiria tornar credível o inverosímil, lidando com a fantasia como se esta fosse parte integrante do nosso quotidiano.
William (Billy Crudup) cresceu no meio de uma bruma de histórias fantasiosas e plenas de personagens ficcionais com que o pai (Albert Finney) lhe dava a conhecer a sua vida, como se de uma longa aventura se tratasse. Quando, na adolescência, descobriu que nada daquilo poderia ter alguma vez existido, abre-se um fosso de incompreensão entre os dois. Mas haverá tempo para estreitar esse fosso? Para conseguir perceber essa personagem que foi o seu pai, agora que o seu tempo de vida corre para o final?
Que coisas inventamos para que gostem de nós? Que mentiras dizemos para fazer os outros felizes? E se até a realidade conseguisse surpreender-nos ao ponto de acharmos que estamos a viver um sonho?
Ao contarmos uma história enfatizamos sempre os acontecimentos que são mais relevantes para nós, carregando de adjectivos e metáforas todas as imagens que possam reforçar as nossas emoções. Enquanto isso os momentos negligenciáveis passam a correr, ou são mesmo cortados na censura da nossa memória. E
Tim Burton é, de facto, um contador de histórias, defensor dos incompreendidos, e neste filme traz-nos aqui Edward Bloom, o último sonhador.
Neste papel, o desarmante
Albert Finney partilha o seu desempenho quando jovem com Ewan McGregor. Os cenários teatrais e technicolor são ainda divididos com a lindíssima Jessica Lange, reproduzida por Alison Lohman, Danny DeVito, Steve Buscemi, e, num papel feito à sua medida, Matthew McGrory desfila os seus 2,40 metros de altura.
O título do filme vem de uma pequena história, segundo o qual o peixe dourado, pequeno como é normal vê-lo no aquário, poderia crescer até quatro vezes o seu tamanho se deixado em liberdade. Edward Bloom é esse peixe, que deixa a sua pequena cidade e sai pelo mundo, para poder crescer. Mas Tim Burton faz com que esse peixe sejamos também nós, e, através da poderosa arma da imaginação, liberta-nos da pequenez da nossa realidade, dando-nos a oportunidade de crescer nesse imendo oceano que é a fantasia.
Apesar de não contar com personagens de contornos "negros", "Big Fish" tem personagens igualmente memoráveis, e é realmente um filme encantador.
Através de pequenos contos repletos de magia, Burton vai-nos dando pequenas lições deliciosas e plenas em sabedoria sobre a Vida, que no seu conjunto formam um filme, grandioso como o mistério que é, o sentido da existência.
A coisa que mais aprecio no Cinema é o o facto de, através desta arte, um bom contador de histórias conseguir fazer-nos chorar, sorrir e emocionar. Os filmes que realmente significam alguma coisa, mesmo que seja uma mensagem diferente consoante a pessoa, são histórias que nos modificam enquanto pessoas, que modificam a nossa forma de ver o mundo em nosso redor. O Cinema que nos faz querer olhar todos os que conhecemos, e o que nos rodeia com outros olhos.
Obras, como Big Fish.

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Easy Rider


Easy Rider foi realizado em 1969 e foi escrito e protagonizado por Peter Fonda e Dennis Hopper. Este é um filme de aventura onde dois motards viajam de Los Angeles até Nova Orleães para fazerem uma transacção de droga.
Dois homens viajam, de mota e sem rumo definido, em busca da América dos seus sonhos, sempre sob efeito inebriante de drogas. Buscam a liberdade nos loucos anos sessenta.
È esta a premissa de um filme que para além de ter revelado ao mundo cinematográfico os rebeldes Peter Fonda e Dennis Hopper, é um documento histórico sobre a década de 60 americana. Easy Rider contém também uma das mais memoráveis interpretações de Jack Nicholson, nomeado inclusive para a categoria de melhor actor secundário.
Easy Rider é um road movie de baixo orçamento, que tenta descrever o ambiente de liberdade, sexo, drogas e Rock ‘N Roll, da comunidade Hippie norte-americana dos anos sessenta. Os dois protagonistas seguem viagem por uma América livre, deparando-se com uma série de personagens reais mas bizarros, sempre sob o efeito de droga, espelhando a revolução moral emergente na altura. Destaque para a bela fotografia de Laszlo Kovacs que capta fotogramas marcantes durante o percurso dos dois homens.
Como objecto cinematográfico, Easy Rider não é nenhuma obra-prima. È um filme que se limita a seguir a viagem destes dois homens, enquanto fumam doses massivas de droga e procuram… a sua América. Mas por outro lado é um poderoso indicativo daquilo que ia na mente de milhões de pessoas na América, pois o que hoje em dia é relativamente vulgar (sexo mais ou menos explícito, drogas), na altura foi um enorme choque e isso é bem frisado em Easy Rider sobretudo na parte final, trágica e dramática.
Realizado pelo novato Dennis Hopper, Easy Rider sofreu alguns sobressaltos. Dennis Hopper e Peter Fonda entraram muitas vezes em conflito por diferenças de opinião e choques de ego, o argumentista Terry Southern queixou-se que o argumento que delineou foi muitas vezes desvirtuado e até ultrapassado na montagem final e muitas das cenas foram filmadas de improviso e quase sem meios.
Mesmo assim, Easy Rider foi recebido com uma ovação de pé no festival de Cannes de 1969 e Dennis Hopper foi considerado o realizador revelação do festival. Para além da nomeação de Jack Nicholson para melhor actor secundário, também a categoria de melhor argumento original foi indicada para nomeação pelos Óscares de Hollywood. Apesar de não ter sido um sucesso de público e das suas imperfeições, Easy Rider marcou não só uma época, como revolucionou o cinema americano, sendo um objecto incontornável da sétima arte.
A banda sonora fez bastante sucesso no fim dos anos 60 e inicio dos 70 e é totalmente composta por músicas Rock. Born To Be Wild é a principal canção do filme, sendo interpretada pela banda Steppenwolf.

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Full Metal Jacket





Full Metal Jacket é considerado um dos melhores filmes de guerra de todos os tempos. O contador de histórias Stanley Kubrick dá vida ao livro de Gustav Hasford pondo a guerra do Vietname a nu, retratando, tal como outros realizadores já o haviam feito, as atrocidades e a enorme carga emotiva que uma guerra sempre acata.
Da recruta em Paris Island ao campo de batalha em pleno Vietname, este é o percurso de Full Metal Jacket, que Stanley Kubrick realizou em 1986.
O filme surge claramente dividido em duas partes distintas. A primeira, em plena recruta, onde os jovens alistados são treinados para matar pelo cruel e lunático sargento Hartman (R. Lee Ermey) e uma segunda parte já situada no Vietname. Nestas duas partes há também duas abordagens distintas que se prendem basicamente com a tomada do ponto de vista. Na primeira parte, Stanley Kubrick aborda os recrutas como um único corpo às ordens do sargento e, desde a primeira sequência em que os jovens surgem no ritual de corte de cabelo, são tratados como um colectivo, indistinguíveis que, aos poucos, vão sendo revelados e apresentados ao espectador. E aí o protagonismo recai mais sobre o sargento e sobre o recruta Gomer Pyle (Vincent D'Onofrio), ainda que abrindo caminho a um certo olhar do recruta Joker (Matthew Modine), que nos narra a história desde o início e que será então o guia para a segunda parte do filme.
Aí, é o seu olhar que nos conduz ao longo dos diversos cenários que percorre enquanto repórter de guerra. E será a partir desse momento que temos uma visão mais pessoal do conflito e da forma como este afecta a mente e os valores morais de um jovem em combate. O jovem que ao mesmo tempo tem no capacete a inscrição born to kill (nascido para matar) e alberga no uniforme o símbolo da paz. Mas o cinema de Stanley Kubrick sempre foi demasiado irónico para parecer assim tão simples e mesmo essa dualidade é tratada com grande dose de sarcasmo puro e duro, fazendo dessa confusão aparente do protagonista um espelho para todo o conflito em si.
É já mais do que conhecido o perfeccionismo do realizador em todas as obras que assinou e pode dizer-se seguramente que Full Metal Jacket funciona como um excelente exemplo desse lado metódico de Stanley Kubrick. Mas também é verdade que o filme não consegue situar-se ao nível de outras obras-primas do realizador, sendo incapaz de conseguir o equilíbrio entre as suas duas partes. E a verdade é que a primeira funciona de forma bastante mais eficaz, especialmente porque a ela se adequa de forma mais eficaz o tratamento irónico que carrega todo o filme.
Quando se dirige para o campo de batalha, o filme perde alguma da sua intensidade dramática, porque Stanley Kubrick nunca deixa que seja a personagem a tomar completamente conta da situação, não resistindo por vezes a maniquear a história de forma a que a sua visão política afecte a narrativa quando não deve. Ou, por outras palavras, em vez de deixar as imagens por elas próprias transmitirem o lado estúpido e, se quisermos, interesseiro desta guerra, acaba por colocar em algumas personagens discursos demasiado claros e unidireccionais que nem sempre funcionam da melhor forma.
Por outro lado, convém não esquecer que estamos a falar de um filme de Stanley Kubrick, um dos maiores realizadores que jamais pisaram este planeta. E isso significa desde logo algumas imagens estupidamente geniais e sequências excepcionais de cinema, aqui ao serviço do “filme de guerra”. E temos também uma das melhores bandas sonoras de que me lembro de ver num filme, desde a hilariante “Hello Vietnam” que acompanha os créditos iniciais (e que por si só nos avisa desde logo que o olhar do filme sobre a guerra vai estar carregado de ironia) à genial “Paint It Black”, dos Rolling Stones nos créditos finais, passando entretanto por uma bem sucedida selecção de canções e ainda uma partitura impecável de “Abigail Mead”.
Full Metal Jacket conquistou os espectadores mostrando que a mestria de Stanley Kubrick ainda não estava esgotada, tentando levar aos ecrãs o máximo de realismo possível, ao contrário de outros filmes do género. Um filme anti-guerra que continua actual, a fazer questionar a necessidade de uma guerra que não é nossa.