segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Casablanca


Casablanca é o filme mais famoso do Mundo, realizado por Michael Curtiz, com um elenco de actores de luxo que marcaram uma geração tais como Humphrey Bogart, Ingrid Bergman e Paul Henreid, o filme tem um dos raros momentos a nível cinematográfico em que refere a capital portuguesa (Lisboa) como uma esperança livre e difícil de alcançar.
O filme passa-se durante a Segunda Guerra Mundial, com uma Europa muito insegura, são muitos os naturais do “Velho Continente” que, tão esperançosa como desesperadamente almejam embarcar para a liberdade que a América oferece, sendo Lisboa o ponto de embarque. Mas nem todos conseguiam ir para Lisboa directamente. Muitos eram os que, após muito trajecto europeu, iam dar a Casablanca, na Marrocos francesa, onde os afortunados, fosse por dinheiro, influência ou sorte podiam obter vistos para a capital portuguesa e daí para “O Novo Mundo”. Os outros esperavam e esperavam, a ver o que o destino lhes reservava. No meio deste frémito todo, em plena Casablanca, encontra-se o americano Rick Blaine (Humphrey Bogart) dono do mais famoso bar da cidade e é no seu bar que irá encontrar Victor Laszlo (Paul Henreid) no seu momento de glória em que é o líder da Resistência Checa e que dependerá de Rick para abandonar Casablanca e prosseguir a sua luta. Mas, principalmente, quem Rick irá encontrar será Ilsa (Ingrid Bergman) sua ex-amante que lhe destroçou o coração e que agora é companheira de Laszlo. As conturbadas relações que unirão os três serão ponto de foco, mas será o tumultuoso relacionamento entre Rick e Ilsa que irá imperar, justificando assim Casablanca como o mais querido drama romântico que o cinema já deu à luz.
Os diálogos são engenhosos, mas sobretudos incrivelmente apetitosos que em nenhum momento aborrecem-nos, e depois, claro há sempre momentos de grande clímax que se antevêem a uma conjuntura musical ou a uma recordação.
Este foi o filme que lançou Humphrey Bogart não só para o estrela-to hollywoodesco da altura, mas também tornando o seu legado cinematográfico insubstituível, sendo um dos actores mais influenciáveis de sempre, todo o seu glamour masculino e a sua presença forte e sinistra compõem Rick Baine como um ídolo do cinema noir, a sua composição desconfiada e infiel faz com que a sua crença pela humanidade seja um motivo inspirador numa fita carregada de esperança, principalmente tendo em conta o período em que foi filmado e produzido seja em plena Segunda Guerra Mundial.
Quanto á realização de Michael Curtiz, o melhor elogio que se pode dizer é que em momento nenhum o filme aborrece ou transparece pressa e amadorismo, e que nenhum outro filme ganhou o mesmo prestígio e o estatuto de incontornável do que esta pérola chamada Casablanca. Um clássico absoluto do cinema mundial. Exuberante!

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