quinta-feira, 10 de julho de 2008

The Price of Milk


The Price of Milk chega da Nova Zelândia e apresenta-se como uma deliciosa alternativa ao mercado norte-americano, realizado por Harry Sinclair que segundo as suas palavras "se há filmes repletos de efeitos especiais que não criam magia nenhuma, existem outros que sem qualquer tipo de efeito especial criam muita magia".
Lucinda (
Danielle Cormack) e Rob (Karl Urban) são um casal perfeitamente feliz, terno e vincadamente apaixonados. Rob cuida das suas 117 vacas, que produzem todo o leite necessário à sobrevivência económica do casal. A paisagem em que a casa de ambos se insere é de um brilhante e carinhoso verde, sereno e convidativo. O filme começa com os dois na cama, adormecidos, com especial ênfase para o cobertor que os protege.
Misteriosamente, uma madrugada, o cobertor é roubada. Lucinda tenta fazer chegar a preocupação a Rob, que se mantém impávido e despreocupado. Inquietada e inconformada, a rapariga vai até à cidade encontrar a sua amiga Drosophila (
Willa O'Neill) e, em conversa, esta aconselha-a a ter algumas discussões/brigas com Rob já que tal daria saúde à relação. Lucinda exagera, o casal zanga-se, separa-se, e, afinal, Drosphila está apaixonada por Rob. Pelo meio, Lucinda tem ainda tempo para atropelar uma idosa, que se virá a tornar o centro da sua vida.
O edredão tinha sido roubado por uma família algo excêntrica e misteriosa e a matriarca que é a senhora idosa que Lucinda atropelou só devolverá o edredão em troca da coisa mais valiosa que Lucinda possui, ou seja, as vacas, para desespero total de Rob. Depois de muitas peripécias Lucinda recupera as vacas por troca do que mais amava, pondo em risco por completo a sua relação com Rob. Eventualmente Lucinda aprende que na verdade o edredão, tal como o resto, não precisava de ser salvo.
Mais do que tentar perceber, deve-se antes tentar sentir o filme, aceitando sem cepticismo as belíssimas imagens que o realizador (
Harry Sinclair) oferece. Só assim conseguimos ser transportados para dentro da magia que é o filme.
O filme realizado em 2000, venceu o Prémio da Crítica e foi nomeado para Melhor Filme no Fantasporto, foi ainda galardoado por mais duas vezes: primeiro nos New Zealand Film and TV Awards, e depois no Puchon International Fantastic Film Festival.

Sem comentários: