
Joe Cabot (Lawrence Tierney), um experiente criminoso, reuniu seis bandidos para um grande roubo de diamantes, mas estes seis homens não sabem nada um sobre os outros e cada um utiliza uma cor como cognome. Porém durante o assalto algo ao saiu errado, pois diversos policiais esperavam no local. Mr. White (Harvey Keitel) levou Mr. Orange (Tim Roth), que na fuga levou um tiro na barriga e morrerá se não tiver logo atendimento médico, para o armazém onde tinha sido combinado que todos se encontrassem. Logo depois chegou Mr. Pink (Steve Buscemi), que está certo que um deles é um polícia disfarçado e eles precisam descobrir quem os traiu. A partir desse momento, a história é a do conflito entre estes homens obrigados pelas circunstâncias a coexistir, mas que, afinal, não são, exactamente, iguais entre si, enquanto tentam descobrir onde está o erro e a quem responsabilizar, revelam fidelidade, regras, princípios e obediência a determinado tipo de fés e morais, por dentro das suas bem mascaradas consciências.
Aclamado pela crítica pelos seu poder frontal e ferocidade de cortar a respiração, este filme é um brilhante clássico dos filmes de gangsters americanos, do argumentista e realizador Quentin Tarantino.
Mas o que faz de Quentin Tarantino um grande argumentista e realizador são os pormenores deliciosos. Quebrando os cânones, o realizador passa eternidades a aprofundar diálogos inacreditáveis e que não fazem avançar a história um milímetro. Ironicamente, são esses os pormenores que nos marcam e nos fazem apaixonar pelos personagens. A conversa inicial sobre o tema Like a Virgin de Madonna é inacreditável, grande teoria. A discussão sobre os nomes falsos, na qual Mr. Pink se queixa do nome que lhe foi atribuído por ter conotações gay e Mr. Brown (Quentin Tarantino) se queixa do seu nome merdoso é mais uma demonstração de como o acessório pode por vezes suplantar em interesse o supostamente essencial.Os personagens de Reservoir Dogs falam muito, Gritam, ironizam, reclamam, reivindicam, comprometem-se. Não é uma linguagem polida, Pelo contrário: é a linguagem do gang, da rua,do underground, Chega a ser hilariante.
Falta mencionar os litros de sangue derramado ao longo dos 95 minutos de projecção, todos eles fruto de uma violência que por vezes obriga o espectador menos insensível a virar a cara. Na cena final, todos os personagens ainda vivos entram em rota de colisão e o clímax resulta numa cena inesquecível.Entre outras coisas, deste filme ficam na memória: a elegância fotográfica do filme; o contraste entre o negro dos fatos e o vermelho do sangue; a alusão, na cena final, a um arquétipo figurativo do imaginário ocidental: Mr. Orange nos braços de Mr. White, émulo da cena do Cristo moribundo no aconchego materno; a densidade dramática conseguida em longos planos que, através do tempo real, nos permitem captar o detalhe mais subtil de cada gesto ou expressão; o virtuosismo de um elenco invejável. Suficiente para fazer de Reservoir Dogs filme de culto e de Tarantino nome incontornável da cinematografia recente.
Aclamado pela crítica pelos seu poder frontal e ferocidade de cortar a respiração, este filme é um brilhante clássico dos filmes de gangsters americanos, do argumentista e realizador Quentin Tarantino.
Mas o que faz de Quentin Tarantino um grande argumentista e realizador são os pormenores deliciosos. Quebrando os cânones, o realizador passa eternidades a aprofundar diálogos inacreditáveis e que não fazem avançar a história um milímetro. Ironicamente, são esses os pormenores que nos marcam e nos fazem apaixonar pelos personagens. A conversa inicial sobre o tema Like a Virgin de Madonna é inacreditável, grande teoria. A discussão sobre os nomes falsos, na qual Mr. Pink se queixa do nome que lhe foi atribuído por ter conotações gay e Mr. Brown (Quentin Tarantino) se queixa do seu nome merdoso é mais uma demonstração de como o acessório pode por vezes suplantar em interesse o supostamente essencial.Os personagens de Reservoir Dogs falam muito, Gritam, ironizam, reclamam, reivindicam, comprometem-se. Não é uma linguagem polida, Pelo contrário: é a linguagem do gang, da rua,do underground, Chega a ser hilariante.
Falta mencionar os litros de sangue derramado ao longo dos 95 minutos de projecção, todos eles fruto de uma violência que por vezes obriga o espectador menos insensível a virar a cara. Na cena final, todos os personagens ainda vivos entram em rota de colisão e o clímax resulta numa cena inesquecível.Entre outras coisas, deste filme ficam na memória: a elegância fotográfica do filme; o contraste entre o negro dos fatos e o vermelho do sangue; a alusão, na cena final, a um arquétipo figurativo do imaginário ocidental: Mr. Orange nos braços de Mr. White, émulo da cena do Cristo moribundo no aconchego materno; a densidade dramática conseguida em longos planos que, através do tempo real, nos permitem captar o detalhe mais subtil de cada gesto ou expressão; o virtuosismo de um elenco invejável. Suficiente para fazer de Reservoir Dogs filme de culto e de Tarantino nome incontornável da cinematografia recente.
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